Grupos de Trabalhos

Pesquisadores com interesse em participar do 11º MUSICOM devem apresentar propostas para os seguintes Grupos de Trabalho:

GT 01 – Memória, história midiática e representações nas músicas da América Latina
GT 02 – Articulações teórico-metodológicas em comunicação e música na América Latina
GT 03 – Gênero e sexualidade em mídias e estéticas de músicas populares
GT 04 - Tecnologias, políticas públicas e mercado cultural
GT 05 - Colonialidade e resistências: músicas da diáspora africana, afro-latinidades, músicas indígenas e mestizas
GT 06 - Formação e criação musical no contexto da América Latina

Confira a descrição dos GTS abaixo.

GT 01

Memória, história midiática e representações nas músicas

A América Latina passou por experiências diversas de construção de identidades nacionais e regionais que envolveram fortemente as músicas na região, em que padrões hegemônicos foram ressignificados. Desta forma, é relevante entender de que maneira os meios técnicos de produção e reprodução, além das iniciativas de registro e salvaguarda, configuraram acervos no espaço latino-americano, e que interesses e contingências particulares influenciaram a definição de quais músicas deveriam ou não ser guardadas. Muitas destas questões ressurgem frente à Internet e ao fenômeno da digitalização. Este GT acolhe trabalhos que abordam o papel dos processos midiáticos na conformação da memória, da história e das representações musicais latino-americanas.

GT 02

Articulações teórico-metodológicas em comunicação e música

Este GT acolhe trabalhos que enfatizam a discussão conceitual, de aportes teóricos e correntes de pensamento, além de propostas metodológicas sobre comunicação e música. Neste sentido, são bem-vindos trabalhos cuja pesquisa tenha como foco principal as discussões conceituais e/ou modelos metodológicos de análise empírica que estão sendo elaborados e efetuados na pesquisa em comunicação e música na América Latina. Este GT busca discutir possibilidades de produção de conhecimento identificadas com práticas e visões de mundo dos países latino-americanos. Procura-se, assim, fomentar o surgimento de novos objetos, novas abordagens e dinâmicas metodológicas, acolhendo propostas que apresentem perspectivas decoloniais, epistemologias do Sul e outras noções relacionadas às diferenças ontológicas, epistemológicas e que considerem diferentes cosmovisões. Hibridismos, crioulidades, pós-globalismo e novas ecologias de saberes são também pontos de interesse para este GT.

GT 03

Gênero e sexualidade em mídias e estéticas das músicas populares

O GT se propõe a receber estudos que articulem a discussão entre comunicação, música, gênero e sexualidade, privilegiando em suas análises uma perspectiva decolonial, feminista, situada nos marcadores sociais da diferença, como gênero e sexualidade, elementos raciais e étnicos, territorialidades, aspectos geracionais e sócio-econômicos, articulados de modo intersseccional. Espera-se receber estudos que discutam: a) tensionamentos e acionamentos estético-sensoriais e políticos nas e das práticas musicais em produtos midiáticos; b) protagonismos, resistências e diálogos teórico-metodológicos feministas, dentro da perspectiva dos feminismos decoloniais, negro e interseccional; c) relações entre as materialidades sonoras, tecnologias da comunicação e aspectos sociopolíticos; d) análises de produtos midiáticos, articulações e tensionamentos entre as tradições populares musicais na America Latina.

GT 04

Tecnologias, políticas públicas e mercado cultural

Este GT procura discutir os processos midiáticos articulados com os modos de fazer e consumir música. Para isso, discutir tecnologias é fundamental, sem deixar de enxergar, nos ambientes e procedimentos técnicos, vínculos profundos com as esferas social, econômica, cultural e histórica. Saberes e práticas locais são, muitas vezes, apagados em função de uma dinâmica produtivista, protocolar e globalizada, que também atravessa os fluxos comunicacionais. Considerando essa facetas políticas, quais dinâmicas da esfera da mídia afetam nossa relação com a criação e o consumo musical? Estas, além de outras questões correlatas, são o foco deste GT.

GT 05

Colonialidade e resistências: músicas da diáspora africana, indígenas e afrolatinidades

Este GT acolhe pesquisas e ações que focam no eixo das Músicas da Diáspora Africana e dos povos originários das Américas, e suas intersecções criativas, performáticas e musicais, podendo ser chamadas de afro-latinas e/ou afro-indígenas. Como está a relação de músicas populares e de tradições orais afro-latina-indígenas com o mercado fonográfico, a produção cultural e as mídias (trans-)locais? Quais os discursos (tanto da própria expressão poética/ performática/musical, como dos comentários e descrições) de representatividade e identidade culturais na visão de dentro e de fora nas mídias e redes sociais? Como são abordadas as temáticas raciais, políticas, estéticas e socioculturais entre a herança colonial e as lutas de resistência históricas e contemporâneas nas produções musicais? Existe uma nova onda de expressões musicais e performáticas, enquanto discurso e mercado musical translocais e transnacionais entre os países da América Latina e de que forma seria?

GT 06

Formação e criação musical no contexto da América Latina

Este GT recepciona trabalhos sobre a formação e a criação musical na América Latina e suas interfaces com a comunicação, pensando essas facetas como complementares e interseccionais. Engloba percursos de formação e vivências musicais da tradição oral, com enfoque nas interculturalidades presentes nessas formas; percursos de formação em espaços pedagógicos formais e informais; percursos ligados à criatividade em atividades musicais de formação; percursos das diversas manifestações da comunicação, da música e da educação, da educomunicação, da educação popular, entre outros. Tudo isto levanta diversas questões: Quais têm sido os papéis dos educadores e criadores musicais no que se refere à comunicação comunitária e cidadã, que se utilizam de elementos mediáticos nos processos de aprendizagem? Como as músicas e a formação e criação musicais brasileiras têm se relacionado com as abordagens epistêmicas da comunicação na América Latina? Quais são as teias que a comunicação social estabelece nesse contexto e cenário de formação e criação musical?